Os problemas oculares atingem um número expressivo da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em média 50 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de distúrbio na visão. Portanto, é sempre importante ficar de olho nos sintomas e, percebendo qualquer alteração na visão, procurar um médico.
Dentre as desordens que afetam os olhos e a visão, a hipermetropia é um dos problemas de visão mais comuns. Neste artigo, você vai conferir tudo sobre essa condição, as causas e possíveis tratamentos para poder ter uma visão melhor e, consequentemente, ter mais qualidade de vida. Continue a leitura e saiba mais!
Entendendo a hipermetropia
É uma condição que interfere na visão de perto, ou seja, quem tem hipermetropia tem dificuldades em ler um livro, por exemplo, ou enxergar letras que estejam próximas demais.
Por outro lado, para enxergar objetos e letras mais distantes não há dificuldade em quem sofre dessa condição. Muitas pessoas relatam que têm dificuldades para ver a televisão com clareza, por exemplo, mas enxergam perfeitamente placas de trânsito, propagandas de outdoor, entre outros.
Diferenças entre hipermetropia e presbiopia
Com a descrição que você viu acima, provavelmente pode ter achado que a hipermetropia é a mesma coisa que a presbiopia, que também consiste em uma dificuldade em enxergar de longe, mas sem dificuldades em ver objetos mais distantes.
A diferença entre esses dois problemas é a idade e a causa de cada um. A presbiopia aparece, normalmente, após os 40 anos, por conta do músculo ocular que acaba ficando flácido com o passar do tempo e não consegue mais contrair na hora de enxergar algo próximo. Quem tem presbiopia tem dificuldade em ler um cardápio, por exemplo, especialmente se a luz do restaurante estiver mais baixa.
Por sua vez, a hipermetropia não tem idade para aparecer, podendo ser detectada em crianças, adolescentes e adultos.
Quais são os sintomas de quem tem hipermetropia?
Alguns sintomas da hipermetropia são muito característicos. É importante lembrar que, sentindo qualquer um deles, é necessário fazer uma visita ao oftalmologista já que além dessa condição, há outras também que atingem a visão e que devem ser diagnosticadas pelo médico.
Confira abaixo alguns sinais de hipermetropia:
- dores de cabeça: as dores podem aparecer na região frontal da cabeça, sendo comuns na região acima dos olhos, por conta do esforço que se faz para enxergar;
- fadiga ocular: sensação de peso nos olhos e até um aspecto de cansaço que é visível;
- dificuldade de concentração: pode ser uma característica importante para detectar o problema em crianças e adolescentes, que não enxergam bem e, por isso, não conseguem se concentrar na sala de aula, por exemplo;
- vermelhidão, ardência e olhos lacrimejando: olhos sensíveis, ardendo constantemente ou até lacrimejando;
- dificuldade em enxergar objetos próximos: os objetos e letras muito próximos ficam embaçados ou embaralhados, atrapalhando a visão.
O oftalmologista é o médico responsável por diagnosticar e realizar os exames para detectar a hipermetropia ou algum outro problema na visão. A partir desse diagnóstico, serão passados os tratamentos adequados para cada caso.
Possíveis tratamentos para hipermetropia
Essa condição pode ser facilmente corrigida com o uso de óculos, com o grau correto dado pelo médico em consulta, ou por meio de lentes de contato.
A terceira opção é a cirurgia refrativa, que tem como objetivo consertar o formato interno dos olhos para que a pessoa possa enxergar melhor. Contudo, a cirurgia só deve ser feita em caso de indicação médica, pois em alguns casos ela não é indicada.
Óculos de grau
São as soluções mais clássicas para quem sofre com hipermetropia e outras condições nos olhos. As lentes corretivas não danificam a visão nem a saúde dos olhos, só precisam ser bem cuidadas e trocadas frequentemente, assim que o oftalmologista determinar a mudança de grau.
Lentes de contato
São soluções ideais para quem busca enxergar melhor e não ter os óculos no visual do dia a dia. As lentes, entretanto, exigem cuidados especiais, como a limpeza correta, e também do descarte, que deve seguir as orientações do fabricante.
Cirurgia
Hoje, o tipo de cirurgia mais indicado para quem tem hipermetropia é a LASIK. Ela costuma funcionar bem em casos onde o grau é alto e deve ter indicação expressa do médico, pois em alguns casos, pode acontecer de, mesmo após o procedimento, o grau da hipermetropia progredir, mesmo se estiver estável há mais de 6 meses, condição para que a cirurgia ocorra.
A hipermetropia e outros problemas de visão
Miopia e hipermetropia
Essa condição afeta a qualidade da visão, mas nela é impossível enxergar de longe. Placas de trânsito, outdoors e outras letras que estão à distância ficam embaçadas para quem sofre com a alta miopia.
Um fato curioso, é que as duas condições não podem ocorrer no mesmo olho. Elas são dependentes do tamanho do olho e da forma como as imagens são construídas nele. Enquanto os míopes têm os olhos mais longos e a imagem é formada na frente da retina, quem tem hipermetropia tem o olho mais curto e a imagem dentro dele é formada após a retina.
Hipermetropia e astigmatismo
O astigmatismo é uma condição que provoca o embaralhamento da visão, seja de perto ou longe. Quem sofre com esse problema ocular pode enxergar, dependendo do grau, as coisas muito juntas e ter certa dificuldade em diferenciar um objeto do outro.
Ao contrário do que ocorre com a miopia, é possível ter astigmatismo e hipermetropia no mesmo olho, pois o formato dessas duas condições no olho são condizentes. Quem sofre dos dois pode ter a visão muito embaçada e embaralhada, além de ter dores de cabeça constantes e a visão muito cansada, pois o cérebro fica a todo momento tentando formar a imagem, e os olhos não permitem que ela seja estruturada da maneira correta.
Esses problemas oculares merecem atenção especial, pois quando você força a visão, demais pontos dos olhos também são forçados, causando outros percalços em longo prazo. Por isso, acompanhe sempre sua saúde ocular com um oftalmologista.
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